A Bíblia e as nossas concessões

Por Edvaldo Tomé

Desde que foi implementada a nova Lei do divórcio, o número de divórcios no Brasil disparou. É o divórcio rápido. O Congresso Nacional promulgou em 13 de julho de 2010 uma nova emenda na Constituição que torna o divórcio imediato, na maioria dos casos pode ser feito em apenas 1 (um) dia.
O que a Bíblia diz sobre o assunto e como as igrejas têm se posicionado frente aos vários casos existentes?
O principal fundamento daqueles que defendem o divórcio (dentro da igreja) é a chamada "carta de divórcio" estabelecida na Antiga Aliança. Vejamos o elencado em Dt 24.1

"Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então será que, se não achar graça em seus olhos, por nela encontrar coisa indecente, far-lhe-á uma carta de repúdio, e lha dará na sua mão e a despedirá da sua casa".

Contudo, Jesus Cristo derrogou (alterou em parte) esta lei do divórcio ao trazer uma nova concepção sobre o tema em Mt 5.32:

"Eu, porém vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério".

É cristalina a alteração realizada por Jesus, uma vez que antes a carta de divórcio era dada pelo simples fato de o homem não achar graça aos olhos da esposa, no entanto, Jesus retificou esta parte ao informar que o repúdio é apenas aceitável em caso de fornicação, (imoralidade sexual ou adultério).
O que vemos hoje em dia em nossas igrejas? A palavra de Deus está sendo aplicada da maneira correta ou o "não é bem assim e isso não tem nada a ver" tem dominado?
Infelizmente existem concessões em nossas comunidades evangélicas onde líderes e membros rasgam literalmente as Sagradas Escrituras para proveito próprio.
Paulo exortando a igreja em Corinto sobre o mesmo tema, informa em 1 Co 7. 10,11 in verbis:

"Todavia, aos casados mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido. Se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou que se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher".

É evidente que na égide da Nova Aliança, o maior mandamento é o amor. Dito isto, não seria razoável aceitar um divórcio entre cristãos se realmente fosse levado em consideração o "amar uns aos outros como a si mesmo".
Mas pergunto: o que tem acontecido dentro das nossas igrejas? Estamos seguindo aos mandamentos deixados por Cristo ou estamos agindo por nós mesmos? Estamos abrindo concessões para alguns em detrimento da palavra de Deus?
Pensem nisso.

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