Por Antognoni Misael
Ao falar sobre música cristã no Brasil, volta e meia sempre volto ao tema do Gospel. Recentemente, num projeto acadêmico realizei uma pesquisa sobre o tema propondo um olhar sobre o gospel enquanto invenção. Meus argumentos permeiam sobre uma análise cultural pautada na indústria evangélica solidificada na década de 90.
– Podemos fazer música gospel? Sim, claro, como mostrou a performance do prodígio Jotta A. no vídeo acima (embora ele tenha temperado com soul, hip hop). Entretanto que se compreenda que este como estilo musical precisa de diretrizes estéticas que o tornem de fato uma canção gospel. Quem faz um samba com guitarras e distorções, certamente não o fará, assim como há muito pop rock, balada romântica, se denominando gospel.
A canção estilo gospel é, grosso modo, de base folclórica da música norte-americana. Ela foi sendo ressignificada com o passar dos anos, quando alguns elementos sonoros passaram por processos híbridos modificando assim o gospel mais rudimentar, contudo seus elementos ainda permanecem bem presentes na música religiosa norte-americana.
Curta os vídeos desta postgem e sinta um pouco da espontaneidade, das escalas, técnicas e improvisos, comuns na balsa musical advinda dos cantos e respostas do worksong, blues and jazz, presentes no gospel. Essas sim, são canções gospel!
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