Revelação Geral de Deus

Por Edvaldo Tomé

O termo "revelação", em seu pleno e mais alto significado teológico, é o desvendamento dos propósitos divinos ao gênero humano quanto à redenção. Em sentido mais abrangente, contém toda a manifestação de Deus à consciência e à percepção do homem, quer na constituição da mente humana, quer nas obras da natureza, quer nos processos da Providência.

O termo é empregado também para designar qualquer comunicação das manifestações divinas, seja por atos, seja por palavras; seja por contato imediato entre o Espírito eterno e a alma humana, seja por instrumento intermediário; seja por meio de verdades gerais, seja por sinais especiais da vontade divina.

A revelação geral é comum a toda a raça humana, é o alicerce daquilo que se chama teologia e religião natural. Note que ela é chamada aqui revelação natural apenas para dinstingui-la da sobrenatural, pois esta é comunicada ao ser humano, enquanto aquela é comunicada no ser humano.

Essa revelação geral, contudo, não tem poder salvífico. Ela não é nem mesmo um tipo de graça, embora muitos falem dela como um exemplo da assim chamada “graça comum”. Pelo contrário, em Romanos 1, Paulo deixa bem claro, que essa revelação geral é uma revelação da ira de Deus, e serve somente para deixar o ímpio sem escusa (vv. 18, 20).

A revelação geral, portanto, serve somente para aumentar a culpa daqueles que não ouvem ou não creem no evangelho. Ensinar outra coisa é negar o sangue de Jesus Cristo e sua obediência perfeita como o único caminho de salvação. 

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Bibliografia:
JOINER, Eduardo. Manual prático de teologia. Rio de Janeiro:2004. pág. 543

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