Política x Graça

Por Edvaldo Tomé

Com as eleições se aproximando, as propostas e argumentos dos candidatos ao cargo legislativo se aguçam ainda mais. Em meio as mais variadas moções (inclusive aquelas que não são de sua competência), encontramos candidatos cristãos que usam Cristo para se promoveram politicamente.

Utilizam textos fora dos seus contextos para tentarem justificar a fusão entre Estado e Evangelho, quando na verdade, este deve ser propagado independente daquele.

É triste quando vemos pretensos vereadores cristãos alegando que é necessário estar investido em um cargo público para que a igreja possa desincumbir o seu papel de anunciar o Evangelho de Cristo. Se isso fosse realmente verdade, iríamos ler na bíblia algo do tipo: ide, fazei políticos e não discípulos. Observem que durante toda a história da igreja, não houve esta junção entre Evangelho e Política como vemos agora. 

Ressalta-se, por oportuno, que quando Cristo disse que devemos ser “sal da terra e luz do mundo”, não tinha em mente que conquistássemos cargos políticos e posições na sociedade. Na verdade, Cristo tinha em mente que os cristãos vivessem para Deus, de modo santo, mesmo que para isso fosse necessário aceitar serem excluídos da sociedade, e algumas vezes, perseguidos por ela.

Infelizmente, nos dias de hoje muitos preferem relativizar uma verdade absoluta (a Palavra de Deus), sob a falsa perspectiva de uma ajuda humana (política) para a propagação do evangelho. 

A solução para a salvação da humanidade não é um Presidente evangélico, nem um Governador, tampouco um Prefeito e muito menos um Vereador. A única solução para a humanidade que hoje encontra-se perdida é a GRAÇA apenas a GRAÇA através de Jesus Cristo!

Você deve estar se perguntando, o Ed é contra a política?! A resposta é não! Todavia, sou contra esta religiosidade que conclui que o alcance do poder humano é superior àquela virtude que vem do alto. Esta ideia de que é necessário termos representantes na política para que tudo possa ir bem é negar a GRAÇA de Deus dada aos homens.

O que nós, como igreja temos que fazer é trabalhar como ceifeiros nesta grande seara (Mt 9.37). Já que somos 22% (vinte e dois por cento) da população brasileira - segundo o IBGE -, temos que fazer a diferença para o REINO e não para as instituições religiosas.

Que possamos fazer com que a GRAÇA, somente ela, possa alcançar os corações dos perdidos. (Efésisos 2.5) 

Amém? 


O  Ed é responsável por tudo que escreve no Blog do Ed

Comentários