Pão

Por Ariovaldo Ramos

Portanto , vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

O mistério da existência está em quem ou o que a mantém.

Nós, seres humanos, e nenhum dos demais habitantes do planeta, até onde sabemos, tem condições de manter-se na existência.

Em sendo assim, a fonte da existência, tanto da origem como da manutenção, é externa.

Quem tem de ser sustentado na existência, por definição, não existe por direito, existe por favor, por deferência da fonte mantenedora.

Clamamos por pão é clamar por manutenção, o fazemos por consciência duma existência que não podemos sustentar.

E seres conscientes só podem clamar a outra consciência, porque seres conscientes só podem ser gerados por outra consciência.

A existência deve ser mantida momento a momento, e como se convencionou o dia como padrão para o dimensionamento da existência, o clamor por sobrevivência toma o dia como referência.

Meditação: Não temos como nos manter na vida, não importa a dimensão que lha dermos. Somos seres dependentes.

Oração: Pai nosso, fonte e mantenedor da vida, graças te dou por me trazeres à existência e por todos os dias que, nela, me tens mantido. Hoje, mais uma vez, cônscio dessa dependência, clamo por mais um dia.


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