Difamação é imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação, conforme destaca o art. 139 do Código Penal Brasileiro. Este crime se consuma quando um terceiro toma conhecimento do fato, tornando o ofendido (acusado) desacreditado frente a opinião pública.
Logo, quando uma pessoa diz que a outra praticou um fato ofensivo à sua reputação - honra objetiva -, temos a nítida imputação do crime de difamação.
Um dos problemas deste tipo penal é que quando a imputação falsa atinge terceiros, no caso específico o Arraial dos Santos (leia-se igreja), aquilo que até então era mentira, torna-se verdade para aqueles que julgam e não investigam se realmente o fato imputado é verdade ou não.
Infelizmente, dentro das comunidades o que impera é a fofoca o "disse me disse". Ninguém é capaz de chegar e perguntar ao ofendido (aquele que esta sendo acusado pelo fato), se realmente a acusação procede. Não, perguntar pra que? O legal é fazer o "buchicho" e julgar.
Falando em julgamento, Jesus deixa claro no Evangelho de João 7.24, que não devemos julgar apenas pela aparência, mas que devemos fazer julgamentos justos, em outra versão, "segundo a reta justiça". O que implica, necessariamente, olhar além da superfície das coisas, ouvir as partes envolvidas e aí sim julgar segundo a reta justiça. Do contrário, o juízo temerário (imprudente, audacioso) é evidente, o que lamentavelmente aconteceu...
Neste momento, eu me deparo com a hipocrisia. É triste ver que aqueles que até então te chamavam de irmão (irmão?) te julgam pelas suas costas sem mesmo terem certeza se a acusação que está sendo imposta é verídica ou não.
Que cristianismo é este em que as pessoas pegam em pedras para atirarem nas outras como se não tivessem pecados algum? Que cristianismo é este, onde um irmão é ferido e os demais passam de largo e sequer estendem as suas mãos, do contrário, fazem de tudo para que o ofendido e ferido morra!! Será mesmo que somos discípulos de Cristo?
Trago à lume esta discussão, pois quando se é vítima de uma difamação dentro do Arraial, o que se espera (eu esperava), era ao menos um aperto de mão seguido de um "conte comigo". Sem contar que antes de haver qualquer julgamento, seria interessante ouvir a outra parte, mas infelizmente isso não aconteceu.
Oro a Deus para que dê discernimento aos demais irmãos, para que aprendam com os erros e exemplos dos outros. Para que entendam que precisamos cuidar daqueles que estão sendo alvo de ataques e não contribuir para o ataque. Oro, para que a afirmação de que a "igreja é o único exército que abandona os soldados feridos" caia em desuso e que a comunidade possa abraçar, cuidar e orar por aqueles que foram vítimas e estão sendo vítimas de julgamentos hipócritas!
Assina: Edvaldo Tomé Silva, membro da IEQ Nova Era II.
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